terça-feira, 17 de maio de 2016

Os vendedores de isenções disfarçados em Políticos


Está em ensaio uma marcha, inicialmente marcada para dia 18, mas que veio a ser remarcada para dia 21 e 22. Os extraparlamentares que sempre viveram da venda de isenções, buscam agora solidariedade nas organizações da sociedade civil. Estes partidos nunca foram sérios, e sempre se comportaram como autênticos camaleões.
Na referida carta dizem que a marcha é organizada em coordenação com as organizações da sociedade civil mas sem dizer quais, porém, espalharam o exemplar da carta com carimbos de recepção das várias organizações, como forma de fingir a adesão a famosa marcha.
 Estes partidos já tentaram se aliar no passado com Alice Mabota, mas esta recusou a proposta que eles levavam, queriam que ela fosse candidata presidencial em nome deles, ela disse que eles não tinham expressão e que só aceitaria o pedido se fosse do MDM ou da RENAMO (sobre ela falaremos em momento exacto).
Em Março de 2014 estes extraparlamentares foram notícia pelos piores motivos, VENDA DE INSEÇÕES. Escreveu na altura o jornal Opaís: “O ano passado, de acordo com uma investigação do CIP, terá sido um dos mais frutíferos para os partidos, sobretudo os Verdes de Moçambique, Partido Socialista e PARENA
Uma investigação do Centro de Integridade Pública (CIP) revela o esquema de importação ilegal de viaturas em Moçambique envolvendo partidos políticos, despachantes aduaneiros, cidadãos importadores de viaturas e intermediários. 
Os dados recolhidos pela equipa do CIP mostram que, para prosperar, “a rede de máfia conta com a colaboração de alguns funcionários e agentes do Estado que actuam nas Alfândegas de Moçambique, conservatórias de registo automóvel e no Instituto Nacional de Transportes Terrestres - INATTER (antigo INAV)”.
O ano passado, 2013, de acordo com a investigação, terá sido um dos mais frutíferos para os partidos políticos de pequena expressão, sobretudo para o partido Os Verdes de Moçambique (PVM), PARENA e Partido Socialista de Moçambique (PSL). Só o PVM importou, coberto de isenção, 234 viaturas, enquanto o PARENA importou 120 e o PSM 73. Os dados são referentes apenas à província de Maputo, desconhecendo-se a situação noutros pontos do país.
Os partidos justificam que as viaturas são para os seus membros. Os líderes dos partidos contactados contaram que “há pessoas que se filiam para, de seguida, pedirem isenção na importação de viatura”. Afirmaram, ainda, que o que exigem aos novos membros é que paguem as quotas para poderem beneficiar de isenções da importação de viaturas e outros bens, como material informático, mobiliário, entre outros bens.
A maior parte dos partidos que lideram o “ranking” de importações de viaturas, beneficiando de isenção, para posterior venda a terceiros, não possui sede própria. As sedes são residências dos seus dirigentes ou membros – Opais 24 de Marco de 2014 (http://opais.sapo.mz/index.php/politica/63-politica/29204-o-negocio-das-isencoes-fiscais-dos-partidos-politicos.html)”.
Não queremos de forma alguma dizer que eles não devem fazer marcha pacífica, mas como é que o CIP pode apadrinhar estes senhores que lesaram o estado em milhares de meticais, com importações para terceiros? Como é que o CIP pode denunciar um ladrão e depois apadrinha-lo? Temos dúvidas sobre o envolvimento do CIP nesta empreitada, aliás, duvidamos sobre o envolvimento das demais organizações que viram seus carimbos expostos pelos extraparlamentares.
Se eles quiserem marchar são livres, mas devemos ficar claros sobre a sua postura e verdadeira face.///